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Um dos pilares da Greve Feminista Internacional é precisamente o dos Cuidados. Ontem seria o dia em que as mulheres largavam as esfregonas, os tachos, as fraldas, e tudo o mais, e vinham para a rua reivindicar a igualdade plena. Mas sabemos que isso é simplesmente impossível para muitas. Portugal, em comparação com muitos países, abriu as portas do trabalho assalariado às mulheres há muito tempo, mas não criou respostas para todo o trabalho doméstico e de cuidados, tarefas estas que sempre estiveram e continuam a estar a cargo das mulheres.Dizem-nos que a desigualdade salarial é de 13,3% ignorando que este número não conta com todas as milhares e milhares de precárias, informais, cuidadoras. Ignora também todos os prémios e remunerações variáveis que se tornaram cada vez mais uma moda para encapotar os baixos salários que o capital impõe à força, ou as quase 4 horas e meia que as mulheres acumulam em média diariamente com todo o trabalho que não é reconhecido enquanto tal.Sabemos bem que o mundo a que chamam da “economia real” existe, porque se alimenta de um outro, o mundo da reprodução social. Mas é este mundo, que abrange trabalhos não pagos e desqualificados, que mantém a vida e a salvaguarda que continua imerso em relações profundas de opressão e exploração.É esta resposta tão necessária que a nossa campanha reivindica:• Trabalho com direitos e salários dignos nas profissões ligadas aos cuidados, sejam as amas, as trabalhadoras das limpezas, as trabalhadoras do serviço doméstico, as cuidadoras formais e informais, as assistentes pessoais e ajudantes familiares• E um Serviço Nacional de Cuidados, que garanta o direito a todas as pessoas de serem cuidadas, que agregue todo o tipo de respostas necessárias, seja uma rede pública de lares e de creches, ou bolsas públicas de ajudantes familiares e assistentes pessoais.O sistema em que vivemos depende totalmente do trabalho não remunerado e das jornadas de trabalho intermináveis que as mulheres fazem. Inverter esta realidade e reconhecer social e economicamente todo este trabalho é obrigação de uma sociedade democrática.Assinem a Iniciativa Legislativa Cidadã em www.direitoaocuidado.org

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Um dos pilares da Greve Feminista Internacional é precisamente o dos Cuidados. Ontem seria o dia em que as mulheres largavam as esfregonas, os tachos, as fraldas, e tudo o mais, e vinham para a rua reivindicar a igualdade plena. Mas sabemos que isso é simplesmente impossível para muitas. Portugal, em comparação com muitos países, abriu as portas do trabalho assalariado às mulheres há muito tempo, mas não criou respostas para todo o trabalho doméstico e de cuidados, tarefas estas que sempre estiveram e continuam a estar a cargo das mulheres.Dizem-nos que a desigualdade salarial é de 13,3% ignorando que este número não conta com todas as milhares e milhares de precárias, informais, cuidadoras. Ignora também todos os prémios e remunerações variáveis que se tornaram cada vez mais uma moda para encapotar os baixos salários que o capital impõe à força, ou as quase 4 horas e meia que as mulheres acumulam em média diariamente com todo o trabalho que não é reconhecido enquanto tal.Sabemos bem que o mundo a que chamam da “economia real” existe, porque se alimenta de um outro, o mundo da reprodução social. Mas é este mundo, que abrange trabalhos não pagos e desqualificados, que mantém a vida e a salvaguarda que continua imerso em relações profundas de opressão e exploração.É esta resposta tão necessária que a nossa campanha reivindica:• Trabalho com direitos e salários dignos nas profissões ligadas aos cuidados, sejam as amas, as trabalhadoras das limpezas, as trabalhadoras do serviço doméstico, as cuidadoras formais e informais, as assistentes pessoais e ajudantes familiares• E um Serviço Nacional de Cuidados, que garanta o direito a todas as pessoas de serem cuidadas, que agregue todo o tipo de respostas necessárias, seja uma rede pública de lares e de creches, ou bolsas públicas de ajudantes familiares e assistentes pessoais.O sistema em que vivemos depende totalmente do trabalho não remunerado e das jornadas de trabalho intermináveis que as mulheres fazem. Inverter esta realidade e reconhecer social e economicamente todo este trabalho é obrigação de uma sociedade democrática.Assinem a Iniciativa Legislativa Cidadã em www.direitoaocuidado.org

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