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Desde que estourou na mídia a repercussão sobre os casos de assédio na academia portuguesa envolvendo o prestigiado Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, os rumores pré-existentes nos espaços académicos acabaram por ganhar maior relevância. Foi quando outras confirmações e relatos de outras mulheres nos levaram a uma sensação em comum: da impotência que nos acomete frente às estratégias misoginas de normalização do machismo em ambientes que deveriam combatê-lo. Sendo assim, escolhemos acreditar. A nossa empatia com as denúncias relacionadas a esse caso está impressa em nosso DNA enquanto mulheres que co-habitam o mundo patriarcal e masculinizado da academia portuguesa. A maioria de nós, com todas as diferenças que atravessam as nossas vidas, mas também com todas as semelhanças relacionadas com a organização do mundo dominado por parâmetros ocidentais, supremacistas brancos, coloniais, classistas e patriarcais, revisa, no todo ou em parte, nossa própria história, a de nossas mães, avós, tias, amigas, conhecidas ou desconhecidas. À medida que o feminismo avançou e reunimos elementos que nos permitiram nomear as nossas experiências de violência, passamos a olhar para nossa história singular e coletiva de outra maneira.Como um coletivo de pesquisadoras feministas independentes, essa denúncia bate diretamente no nosso peito, nas nossas entranhas. Para nós, essa situação escancara a necessidade urgente de ação efetiva e muito além dos trâmites previstos e possíveis da institucionalidade. Na nossa perspectiva, se é verdade que o centro de investigação ao qual os acusados pertencem instituiu uma "comissão independente" para investigar as acusações, é fundamental a indicação de quem são os sujeitos que compõem a referida comissão e o seu compromisso político e institucional com o desmantelamento de esquemas patriarcais dentro da instituição. [continua nos comentários]

Desde que estourou na mídia a repercussão sobre os casos de assédio na academia portuguesa envolvendo o prestigiado Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, os rumores pré-existentes nos espaços académicos acabaram por ganhar maior relevância. Foi quando outras confirmações e relatos de outras mulheres nos levaram a uma sensação em comum: da impotência que nos acomete frente às estratégias misoginas de normalização do machismo em ambientes que deveriam combatê-lo. Sendo assim, escolhemos acreditar. A nossa empatia com as denúncias relacionadas a esse caso está impressa em nosso DNA enquanto mulheres que co-habitam o mundo patriarcal e masculinizado da academia portuguesa. A maioria de nós, com todas as diferenças que atravessam as nossas vidas, mas também com todas as semelhanças relacionadas com a organização do mundo dominado por parâmetros ocidentais, supremacistas brancos, coloniais, classistas e patriarcais, revisa, no todo ou em parte, nossa própria história, a de nossas mães, avós, tias, amigas, conhecidas ou desconhecidas. À medida que o feminismo avançou e reunimos elementos que nos permitiram nomear as nossas experiências de violência, passamos a olhar para nossa história singular e coletiva de outra maneira.Como um coletivo de pesquisadoras feministas independentes, essa denúncia bate diretamente no nosso peito, nas nossas entranhas. Para nós, essa situação escancara a necessidade urgente de ação efetiva e muito além dos trâmites previstos e possíveis da institucionalidade. Na nossa perspectiva, se é verdade que o centro de investigação ao qual os acusados pertencem instituiu uma "comissão independente" para investigar as acusações, é fundamental a indicação de quem são os sujeitos que compõem a referida comissão e o seu compromisso político e institucional com o desmantelamento de esquemas patriarcais dentro da instituição. [continua nos comentários]

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