Dívida ecológica


Em 10 segundos

Dívida histórica que os países mais industrializados têm para com os países menos
industrializados devido ao seu passado de maiores emissões de gases de efeito de estufa e
de exploração ambientalmente irresponsável de recursos.
O termo foi popularizado por ativistas para salientar a responsabilidade política e moral dos
países mais emissores para com os menos emissores, onde as consequências negativas
das alterações climáticas são muitas vezes mais notórias.
Há várias formas diferentes de calcular as emissões de cada país e de quantificar a sua
dívida ecológica.

Zoom Zero

A ZERO esteve presente na COP 27, no Egito, onde as compensações por perdas e danos
resultantes das alterações climáticas incorridos nos países e comunidades mais vulneráveis
do planeta foi um dos temas centrais. Nesta conferência foi assinado um acordo histórico
para a criação de um Fundo para Perdas e Danos. Apesar de tudo, a ZERO salienta a
insuficiente ambição deste documento, cujo texto final não reflete a necessidade de eliminar
gradualmente todos os combustíveis fósseis, condição essencial para assegurar um
aquecimento não superior a 1.5°C em relação à era pré-industrial.

O conceito de “dívida ecológica” popularizou-se nos anos 90. Desde então, o termo passou
a ser bastante utilizado por grupos ativistas e ONGs ambientais do Sul Global, em particular
da América do Sul. Em 2005, o livro “Ecological Debt: The Health of the Planet and the
Wealth of Nations”, de Andrew Simms, ajudou a popularizar ainda mais o conceito. Nele, o
autor defende que os países industrializados acumularam dívidas para com os países
menos industrializados através de depleção dos seus recursos naturais, emissão de gases
de efeito de estufa e outras formas de degradação ambiental, sendo esta dívida mais
significativa que a dívida financeira dos países menos industrializados para com os mais
industrializados. É importante realçar que, em muitas situações, o impacte ambiental das
alterações climáticas é maior precisamente nos países menos industrializados e,
consequentemente, menos responsáveis por elas.

O que posso fazer?

  • Reduzir a sua pegada ecológica poupando na utilização de recursos naturais como
    água e energia e evitando o uso excessivo de plásticos e materiais não recicláveis.
  • Evitar utilizar meios de transportes movidos a combustíveis fósseis.
  • Entrar em contacto com representantes políticos para expressar preocupação com a
    dívida ecológica do seu país.
  • Apoiar ativistas, organizações e petições que defendam a redução de emissões e
    uso excessivo de recursos.

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