Contrato mafioso de “Apoio Inequívoco” à Mina do Romano foi rescindido


Uma nova vitória foi alcançada hoje pelo povo de Montalegre. A Rádio Montalegre acaba de anunciar que a Lusorecursos rescindiu contrato com as associações locais, com quem tinha celebrado um protocolo de colaboração.

De acordo com a Rádio Montalegre, gente da empresa terá dito que: “o objetivo é contribuir para a pacificação, facto que não foi muito bem entendido pela comunidade, e neste sentido demos por anulado o que tinha sido viabilizado.”.

A empresa Lusorecursos está de novo sozinha. No entanto, a situação é grave, faltando apenas alguns dias para o fim da consulta pública na qual a Lusorecursos é promotora.

ALERTA:
Faltam apenas (9) nove dias para o fecho da consulta pública para novo envio de Estudo de Impacte Ambiental da Mina do Romano, promovida pela “Lusorecursos Portugal Lithium, S.A”:
Faltam apenas (9) nove dias para o fecho da consulta pública para novo envio de Estudo de Impacte Ambiental da Mina do Romano, promovida pela “Lusorecursos Portugal Lithium, S.A”:

Modificação do projeto “Concessão de Exploração de Depósitos Minerais de Lítio e Minerais – Romano”
https://participa.pt/pt/consulta/modificacao-do-projeto-concessao-de-exploracao-de-depositos-minerais-de-litio-e-minerais-romano

Além disso a Mina de Lousas está também em consulta para ampliação, promovida pela “FELMICA – Minerais Industriais S.A”:

Ampliação da Mina de Lousas
https://participa.pt/pt/consulta/ampliacao-da-mina-de-lousas

Participa e dá a tua opinião sobre estes projectos que estão em consulta pública.

Este “protocolo”, agora rescindido, foi amplamente contestado pelas comunidades locais.

O “Festival Aldeia de Lobos”, promovido pela associação da “Vezeira”,era um dos assinantes deste protocolo.

Outras associações como a Associação dos Baldios do Parque Nacional da Peneda Gerês, o Conselho Diretivo dos Baldios de Cabril, e também o de Cervos e a Junta de Freguesia de Cabril faziam parte deste protocolo.

Agora, a Lusorecursos está de novo sem “licença social”, mas continua a ter o apoio das máfias.

No protocolo, a empresa promete milhões de euros aos assinantes em troca de uma “Demonstração Inquívoca de apoio à realização do projecto da mina de lítio”, em que estas teriam de reconhecer “a sua importância para o desenvolvimento sustentável da região” e “manifestar este apoio públicamente”.

Uma corda ao pescoço destas associações e até da Junta de Freguesia de Cabril que ficam assim reféns da empresa por tempo indeterminado. Esta prática é certamente ilegal.

Além disso o protocolo prometia uma “comissão de acompanhamento” para fiscalizar o projecto, “investimentos” de 600 Milhões e “geração de 500 empregos”. Prometia também 12 milhões por ano para as entidades locais, compromissos com “desenvolvimento sustentável”, “diálogo” e formação dos Jovens””Além disso o protocolo prometia uma “comissão de acompanhamento” para fiscalizar o projecto, “investimentos” de 600 Milhões e “geração de 500 empregos”. Prometia também 12 milhões por ano para as entidades locais, compromissos com “desenvolvimento sustentável”, “diálogo” e formação dos Jovens”.

A Lusorecursos queria também zelar pela “Manutenção das tradições, usos e costumes”.

Este foi um acordo mafioso, que caiu porque as populações se levantaram contra ele.

A Lusorecursos é conhecida pelas suas práticas mafiosas, escandalosas e autoritárias na região. Este é apenas mais um capítulo.

No entanto, as associações e grupos (alguns deles, democráticamente eleitos) terão ainda de prestar contas pela possível ilegalidade deste acordo.

O risco deste tipo de contratos é já conhecido na alemanha onde a RWE controla milhares de Cãmaras Municipais, segurando as populações por um fio autoritário do qual é agora impossível escapar.

Se não queremos o mesmo destino para os nossos territórios, teremos de renovar as lutas, e combater esta deriva empresarial e autoritária.

MONTALEGRE: Lusorecursos rescinde contrato com associações locais

A Lusorecursos Portugal Lithium, empresa que quer explorar a mina de lítio em Montalegre, procedeu à rescisão dos contratos que tinha celebrado recentemente com as associações locais. Segundo fonte da empresa, “o objetivo é contribuir para a pacificação, facto que não foi muito bem entendido pela comunidade, e neste sentido demos por anulado o que tinha sido viabilizado.”

MJA

Rádio Montalegre

O projecto agora em Consulta pública para a mina do Romano tem como objetivo a extração de lítio. O Estudo de Impacto Ambiental submetido pela Lusorecursos à APA justifica o projecto na base das diretivas europeias “uma vez que as previsões da transição para adoção de energias limpas
apontam para um aumento exponencial dos automóveis elétricos e, consequentemente
um aumento das necessidades de lítio.”, lê-se no estudo.

Esta é a narrativa oficial da União Europeia da “transição verde” e serve como desculpa para arrasar o Barroso, com um “investimento de 600 milhões de Euros”, grandes lucros para as empresas.