comemorado pela primeira vez por Katje van Loon em 2012.
Atualmente, as pessoas não binárias ainda enfrentam muitas dificuldades e desafios que resultam de um sistema social construído sob um domínio binário. Estas dificuldades passam pela violência sistémica, estrutural e institucional, para além da interpessoal.
Em Portugal, pessoas não binárias ainda não são reconhecidas perante a lei e não há dados estatísticos sobre a própria população não-binária, o que dificulta, em muito, a criação de políticas públicas concretas que melhorem a vida destas pessoas.A violência passa pelo acesso aos cuidados de saúde primários e não-primários, trans específicos e não-específicos, no acesso seguro e inclusivo à escola, ao trabalho, e em tantas outras esferas da vida quotidiana.
Hoje é dia de celebração e de orgulho, é dia de celebrarmos as nossas identidades e quem somos, a nossa existência e a nossa pessoa. Apesar das dificuldades, a nossa comunidade cresce e mostra-se mais visível, mais auto-organizada e mais empoderada através de redes de apoio comunitário.
Porque nós queremos continuar a crescer e permitimo-nos ser. Que as nossas identidades não sejam apagadas e invisibilizadas por um sistema violento e atroz.
Porque nós queremos continuar a crescer e a ser visíveis.
Porque nós queremos continuar a crescer e a conquistar o espaço público.
Porque nós temos orgulho nas nossas identidades não-binárias.
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