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Cartografias descontinuadas Ou como alguem disse um dia: "Nós não atravessamos fronteiras, as fronteiras atravessaram-se entre nós". Cartografias descontinuadas não é mais do que uma mostra de papeis riscados. Linhas que aparentemente pretendem delimitar territórios e consequentemente reclamar propriedade sobre os mesmos. Não passam de notas, de intenções. Mesmo que negociáveis, sendo sempre estabelecidas arbitrariamente, muito pouco concensuais e em último caso na base da coação, têm vindo a causar diversos transtornos à Humanidade desde a sua invenção. Quando levadas a sério dividem, destroem e matam, quando desvalorizadas ou obsoletas evidenciam o ridiculo despótico interesse que foi a sua criação e existência. Cartografias globais. As mudanças e os fluxos de gentes de um lado para o outro do planeta são uma constante desde o inicio da História, contribuindo ocasionalmente para o repensar e redesenhar destas linhas, ora para a frente ora para trás conforme o que for mais conveniente para quem as desenha no papel ou no chão de terra, na politica ou na História a cada momento que passa. À medida que essas linhas vão sendo ultrapassadas e estes desenhos se vão tornando objetos meseológicos, novas linhas vão sendo imaginadas e criadas na efémera virtualidade de modo a manter a disputa territorial acesa. Cartografias locais. As linhas como meios de reconhecimento e memória dos territórios dos quais se é parte são hoje, traçadas de modo a facilitar a vida do consumo. Os mapas turisticos ganham protagonismo e a orientação vira-se para o imediato. Um mapa de um lugar passou a ser um cardápio e a circulação humana é condicionada em forma de sugestão. A manada é subtilmente conduzida achando-se dona do seu destino que habilmente os guia pelo smartphone que levam na mão. Autor anónimo julho 2023

Cartografias descontinuadas Ou como alguem disse um dia: "Nós não atravessamos fronteiras, as fronteiras atravessaram-se entre nós". Cartografias descontinuadas não é mais do que uma mostra de papeis riscados. Linhas que aparentemente pretendem delimitar territórios e consequentemente reclamar propriedade sobre os mesmos. Não passam de notas, de intenções. Mesmo que negociáveis, sendo sempre estabelecidas arbitrariamente, muito pouco concensuais e em último caso na base da coação, têm vindo a causar diversos transtornos à Humanidade desde a sua invenção. Quando levadas a sério dividem, destroem e matam, quando desvalorizadas ou obsoletas evidenciam o ridiculo despótico interesse que foi a sua criação e existência. Cartografias globais. As mudanças e os fluxos de gentes de um lado para o outro do planeta são uma constante desde o inicio da História, contribuindo ocasionalmente para o repensar e redesenhar destas linhas, ora para a frente ora para trás conforme o que for mais conveniente para quem as desenha no papel ou no chão de terra, na politica ou na História a cada momento que passa. À medida que essas linhas vão sendo ultrapassadas e estes desenhos se vão tornando objetos meseológicos, novas linhas vão sendo imaginadas e criadas na efémera virtualidade de modo a manter a disputa territorial acesa. Cartografias locais. As linhas como meios de reconhecimento e memória dos territórios dos quais se é parte são hoje, traçadas de modo a facilitar a vida do consumo. Os mapas turisticos ganham protagonismo e a orientação vira-se para o imediato. Um mapa de um lugar passou a ser um cardápio e a circulação humana é condicionada em forma de sugestão. A manada é subtilmente conduzida achando-se dona do seu destino que habilmente os guia pelo smartphone que levam na mão. Autor anónimo julho 2023

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