Cientistas e sociedade civil prometem ação direta, após novo relatório revelar que emissões de jatos privados duplicaram


Grupos “Abolir Jatos Privados”, “Climáximo”, e “Scientist Rebellion Portugal” mostram-se indignados com a inação institucional face o meio de transporte mais injusto e poluente. Prometem ir para além da lei para confrontar a maior crise que já enfrentámos.

Os dados revelados hoje pela Greenpeace e CE Delft demonstram o compromisso que as instituições europeias têm perante a crise climática: zero. As emissões de jatos privados, o meio de transporte mais poluente por pessoa, e cujo acesso está restrito aos ultra-ricos, duplicaram de 2021 para 2022.

Enquanto Guterres afirma que estamos numa “autoestrada para o inferno”, e os mais respeitados orgãos científicos das Nações Unidas desesperam por ação urgente, o governo português parece responder ao ritmo de um projeto suicida. Uma viagem tão curta como Lisboa-Tires (20.37km) pauta a vergonha internacional de ser o 2º troço mais intensivo de carbono da Europa, quando demoraria menos de 1h a percorrer de transportes públicos.

Enquanto metade do mundo sofre de escassez de água anualmente, Veneza seca, e sistemas alimentares colapsam diante dos nossos olhos, não nos podemos resignar à inação crónica. Temos um planeta para ganhar, e se os meios legais para travar a maior crise que já enfrentámos se esgotaram, resta-nos seguir o exemplo histórico da luta pelos direitos civis.

Resta-nos desobedecer a uma normalidade anormal.

Comprometemo-nos em 2023 a escalar as ações contra jatos privados em Portugal, de forma a garantir, pelas nossas mãos, a inviabilização dos meios que poem em risco a sobrevivência da nossa espécie.

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