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Três mulheres, de 20 pessoas entrevistadas, disseram ter sido sexualmente assediadas por um professor na Universidade de Coimbra. Outres participantes contaram ter conhecimento de episódios semelhantes. Diz que ‘’desde que sou reitor tive três casos na minha mão’’! As vítimas estudantes não confiam na Universidade de Coimbra. Talvez porque vemos continuamente estas histórias a serem silenciadas, como é o caso de professores que, aparentemente, foram afastados temporariamente das suas funções, mantendo-se os motivos abafados do conhecimento geral. Enquanto docentes continuam a exercer, companheiras viram-se obrigadas a afastar-se dos estudos. No passado abril de 2022, Paulo Peixoto, Provedor do Estudante, mencionou ao Observador que, nos últimos QUATRO ANOS foram registadas TRÊS denúncias de assédio sexual, por parte de estudantes mulheres. Num dos casos, refere que duas denunciaram ter recebido propostas de natureza sexual por parte de um docente. Um outro caso terá surgido através de denúncia anónima. Não se deu sequência às denúncias, uma vez que as estudantes não quiseram ser identificadas.Isto demonstra o medo de represálias a que as vítimas sentem que estão sujeitas. Não se pode ignorar as vezes em que os perpetradores de assédio e VS saem impunes, ainda mais quando pesa a posição hierárquica superior de docentes universitários.Falar-se de ‘’atitude vigilante e pedagógica’’ (Provedor) na mesma frase onde se reitera que não houve nos últimos anos ‘’qualquer caso provado de assédio’’ na UC, dá espaço para a legitimação e normalização do exercício de poder sob pessoas em posição desfavorecida ou marginalizada, como é o caso de estudantes, às mãos de docentes, ou mulheres, às mãos de homens. ‘’Códigos de conduta’’ em nada nos servem, quando estudantes não acreditam que existirá penalização para os agressores, e validação das suas experiências, consequência de diversas histórias que conhecem de quem saiu impune com assédio, sexismo, xenofobia, homofobia ou racismo, no nosso grande contexto académico. As vítimas continuam com medo, e não o vão perder porque o Sr. Reitor ‘’não tem nenhum problema’’ com despedir um agressor.

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Três mulheres, de 20 pessoas entrevistadas, disseram ter sido sexualmente assediadas por um professor na Universidade de Coimbra. Outres participantes contaram ter conhecimento de episódios semelhantes. Diz que ‘’desde que sou reitor tive três casos na minha mão’’! As vítimas estudantes não confiam na Universidade de Coimbra. Talvez porque vemos continuamente estas histórias a serem silenciadas, como é o caso de professores que, aparentemente, foram afastados temporariamente das suas funções, mantendo-se os motivos abafados do conhecimento geral. Enquanto docentes continuam a exercer, companheiras viram-se obrigadas a afastar-se dos estudos. No passado abril de 2022, Paulo Peixoto, Provedor do Estudante, mencionou ao Observador que, nos últimos QUATRO ANOS foram registadas TRÊS denúncias de assédio sexual, por parte de estudantes mulheres. Num dos casos, refere que duas denunciaram ter recebido propostas de natureza sexual por parte de um docente. Um outro caso terá surgido através de denúncia anónima. Não se deu sequência às denúncias, uma vez que as estudantes não quiseram ser identificadas.Isto demonstra o medo de represálias a que as vítimas sentem que estão sujeitas. Não se pode ignorar as vezes em que os perpetradores de assédio e VS saem impunes, ainda mais quando pesa a posição hierárquica superior de docentes universitários.Falar-se de ‘’atitude vigilante e pedagógica’’ (Provedor) na mesma frase onde se reitera que não houve nos últimos anos ‘’qualquer caso provado de assédio’’ na UC, dá espaço para a legitimação e normalização do exercício de poder sob pessoas em posição desfavorecida ou marginalizada, como é o caso de estudantes, às mãos de docentes, ou mulheres, às mãos de homens. ‘’Códigos de conduta’’ em nada nos servem, quando estudantes não acreditam que existirá penalização para os agressores, e validação das suas experiências, consequência de diversas histórias que conhecem de quem saiu impune com assédio, sexismo, xenofobia, homofobia ou racismo, no nosso grande contexto académico. As vítimas continuam com medo, e não o vão perder porque o Sr. Reitor ‘’não tem nenhum problema’’ com despedir um agressor.

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